segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Do Término do Amor


Nós que somos do grupo do amor eterno
Nós que respiramos pétalas vermelhas
E desmaiamos de amor ao fim de cada tarde
Queremos saber, respondam, queremos saber
Sem demora nos digam
Como morre o amor?
Quero dizer, por aonde ele escorre?
Pra onde vai o amor, quando o próprio amor acaba?
Por favor, façam a gentileza de nos dizer
São apenas simples dúvidas que assaltam ao fim de cada tarde


Quando a respiração deixa de ofegar
E o estômago de se contorcer noites a fio
Quando o suor abandona o meio dos meios seios
E as lagrimas desfiguram meu rosto
Eu que sou do conjunto dos beijos eternos
Que bebo perfume para brotar rosas dentro de mim
Quero saber, apenas saber
O que se faz com ele, quero dizer
O que se faz do amor
Que enfermidade é essa que entra avassaladora dentro de mim?
Ela tem cura? E de todo mal?
Arrumem minhas flores e vistam-me de branco
Agora sim, já posso morrer

5 comentários:

  1. LINDO ! Não tenho outra definição....parabéns !

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  2. Lindo mesmo e eu pensando que fosse de algum poeta famoso, joguei no Horáculo, o Sr° Google e nada! Não era um poeta famoso, era uma poetisa, uma poetisa que vale por alguns poetas que tem por ai.

    Obrigada por me permitir conhecer esse seu texto lindo! Parabéns

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  3. "Agora sim, já posso morrer..."
    Muito massa, demais.
    Parebéns, Sucesso!

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  4. "Por favor, façam a gentileza de nos dizer.."

    Perfeito!

    bjos Maya!

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  5. Uau... Parabéns Lú, a la Drummond ou Bandeira... Muito bom mesmo. Engraçado quando assisti o ''Purulento'' gostei muito desse texto, pensei em porcurar depois na WEB, mas acabei esquecendo, agora venho dá uma olhada no seu blog, fiquei chocada com 3 'x's (xxxocada)... Lindo, surpreendentemente lindo.

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